Yby kûatiara um livro de terra
-5%

Yby kûatiara um livro de terra

Lima Wassu, Ellen / Escritor

13,00 €
12,35 €
IVA incluido
Editorial:
Editora Urutau
Año de edición:
2023
Materia
Literatura-poesía
ISBN:
978-65-5900-579-6
Páginas:
112
Idioma:
Portugués
Encuadernación:
Rústica
Alto:
165mm
Ancho:
130mm
13,00 €
12,35 €
IVA incluido
Añadir a favoritos

Para a gente-peixe que pisa e nada em muitos mundos, fazer poesia é ancestral.

Eu vou desobedecer a ciência moderna para falar de nós. Para mim, cada verso faz parte do que vivemos desde que nos encontramos em Brasília e descemos juntas para a Chapada dos Veadeiros. Foi ali que passamos a nos chamar de irmãs. Foi ali que soubemos a radical diferença entre o mundo branco, feito de lume, de luz; do nosso, de fogo, de espírito, de terra.

É nessa certeza que sorrio, ou choro, ou tenho raiva e força. É aqui que a sinestesia dos meus sentidos se sente segura para ler e saber que não há ambiguidade colonial na polissemia das palavras. Nossas palavras são “ciência, arte e civilização ancestral”, como diz Pirá. E você vai poder senti-las e talvez até ficar com medo ou recuar, porque “Não queremos nada além de tudo de volta”.

Talvez você recue com esses versos porque a colonização produziu essa diferença entre indígenas e não indígenas: de língua, de religião, de economia, de cosmologia, de política, de identidade. Mas eu sou devota (não sou cristã, sou makuxi, e isso significa que meus deuses são outros) de que tudo o que foi forjado dentro desse tempo de 523 anos (e contando) pode ser contestado, se acaso alguém realmente quiser.

E há muito o que podemos fazer coletivamente, uma trilha dada aqui pela poesia é a luta contra o garimpo, contra o folclore, contra a língua e a mentalidade portuguesa que ainda se pensa soberana.

Um corpo wassu-cocal atravessa o Atlântico, e volta. Mais certa, mais ancestral, mais forte, curando toda contradição com ritual.

Então estamos aqui, na nossa terra ancestral, às vezes nadando juntas, pisando em terras inimigas que nosso dna lembra, mas estamos juntas, e eu quero seguir assim, no caminho e nas águas dessa poesia cocal.

Para a gente-peixe que pisa e nada em muitos mundos, fazer poesia é ancestral.

Trudruá Dorrico

Artículos relacionados

  • Versos del todo y la nada (2 vols.)
    Lorenzo, Ana Maria / Escritor
    En la esencia de los versos que nacen del todo y la nada, encontramos un susurro eterno que reverbera en la conciencia humana. El "todo" representa el vasto universo y su infinita complejidad, una totalidad en la que cada elemento forma parte de un engranaje mayor, pero cuya magnitud escapa a la comprensión absoluta. Es el ser, la creación, el movimiento y la interconexión. Es ...
    En stock

    22,95 €21,80 €

  • Polo miúdo
    Martínez-Conde, Ricardo / Escritor
    Todo camiño foi feito para o que anda sóSer ou non ser; imposible ou posible?Convocou a unha reunión á súa propia memoria… e non acudiu ninguén“Poñede flores: necesito conversación”, escribiu o poeta ...
    En stock

    14,20 €13,49 €

  • Dialogues naturels
    Martínez-Conde, Ricardo / Escritor
    Le mouvement est un équilibre ancien, l’ombre le sait…et quand la vague se brise, elle s’élève dans ses envols…Ce qui est ici est le nouveau paysage de ce qui a été vécu ...
    En stock

    13,20 €12,54 €

  • Natural Dialogues
    Martínez-Conde, Ricardo / Escritor
    Movement is an old balance, the shadow knows itÂ…and when the wave breaks, she rises in her flightsÂ…What is here is the new landscape of what has been lived ...
    En stock

    13,20 €12,54 €

  • Viento variable
    Una flor muda es sabia por discreción: ve, escúchalaY tú, que entiendes, dile que no volveré si no es con lluviaCasi amanece. Las flores, en silencio piensan su viajeDentro del cielo habrá también secretos: el atardecer ...
    En stock

    13,20 €12,54 €

  • Diálogos naturales
    Martínez-Conde, Ricardo / Escritor
    El movimiento es un viejo equilibrio, la sombra lo sabe ...
    En stock

    13,52 €12,84 €