Cobbett,Tatiana / Escritor
Os poemas transitam entre a delicadeza e a inquietação, entre o pertencimento e a errância, entre o sonho e a vigília. Tatiana Cobbett escreve com o corpo e a memória, e sua poesia dança, canta e pulsa.
Antes de ler seus poemas, lembrei-me de nossas viagens pelo Brasil afora. Um cantarolar constante que vinha do fundo do ônibus. Me fazia bem ouvir!
A bailarina logo se revelou como atriz na montagem da obra Estatutos do Homem (1983), com poesia de Thiago de Melo. Presença plena, íntegra e honesta. Depois veio a montagem da obra Missa dos Quilombos, sua voz clamando por Zumbi dos Palmares ecoava por todo o teatro, em tempos mais que especiais, de gestação de seu primeiro filhote. Emocionante de ver! Viajei no tempo, lembrando os momentos difíceis por que o nosso Brasil passava, entretanto dissemos tudo que era necessário dizer. Lendo Travesseiro, me surpreendi novamente com a Tatiana, agora escritora. Confesso que me identifiquei com cada palavra! Palavras que cantam e dançam! Viva, querida amiga Tatiana, e muito obrigada por participar neste seu momento tão sagrado!