Quental, Antero de / Escritor
ODES MODERNAS. «Este livro é uma tentativa, em muitos pontos imperfeita, seguramente, mas sempre sincera, para dar á poesia contemporanea a cor-moral, a feição espiritual da sociedade moderna, fazendo-a assim corresponder á alta missão que foi sempre a da Poesia em todos os tempos, no Rigg-Védda ou nos Lusiadas, em Thyrteu como em Rouget de LIsle - isto é, a forma mais pura daquellas partes soberanas da alma collectiva de uma epocha, a crença e a aspiração.»
Antero de Quental
PRIMAVERAS ROMÂNTICAS. «Se me perguntarem porque publico estes versos, marcos poeticos tão distanciados já no caminho da vida real, e cujo merecimento moral (salvo a moralidade intima da intenção, a sinceridade no sentimento) é talvez ainda inferior ao merecimento litterario - responderei: porque não me envergonho de ter sido moço. Ter sido moço é ter sido ignorante, mas innocente.»
Antero de Quental