Quintas Mendes, António / Escritor
Na melhor tradição da atual poética em lÃngua portuguesa, António Quintas Mendes faz pausar o tempo, ralentar a vida, cumprindo as funções máximas do poeta: baralhar sentidos, dar novo nome a velhas coisas, transformar palavras em perguntas e certezas em delÃrios.
A relação entre Brasil e Portugal é ressignificada a partir deste Navio, nau contemporânea mensageira dos poemas do autor, ora lÃricos, ora misteriosos. Então, cenas e imagens se sucedem, mas a pressa esperada não assalta a alma que, sequestrada por metáforas potentes, queda frouxa e extática nesses alguns versos e poemas que singram mares, borrascas e funduras, desde o lado europeu do Atlântico.
João Peçanha
escritor, doutor em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense