Branco, Camilo Castelo / Escritor
Com este folheto de cordel nasceu um dos maiores prosadores da lÃngua portuguesa.
Maria! Não Me Mates, Que Sou Tua Mãe! pode parecer apenas uma narrativa de faca e alguidar, mas a verdade é que já contém o fulcro dos grandes romances de Camilo, o fatal amor de perdição e a presença do macabro. Camilo publicou-o anonimamente em 1848. E saÃram, depois, mais duas edições, também anónimas que foram autênticos bestsellers. Só 40 anos depois se soube que Camilo era o autor. Autor só do primeiro folheto ou também dos que saÃram com o tÃtulo MatricÃdio sem Exemplo? Os especialistas dividem-se, mas nas Obras Completas da Lello Editores e na edição brasileiro da Loyola e Giordano publicam-se a 1.ª edição e a 3.ª, que inclui já o julgamento e sentença de Maria José, a assassina de sua mãe.
Pela primeira vez num livro só, são essas versões que publicamos, defendendo que ambas são de Camilo e oferecendo aos leitores todos os elementos para que desfrutem destes textos deliciosos, tão tétricos como irónicos, e decidam por si mesmos.
Esta edição inclui:
Nota introdutória de Manuel S. Fonseca; um capÃtulo da biografia Romance de um Romancista, de Alberto Pimentel; uma notÃcia do jornal Revolução de Setembro; uma súmula sobre o estilo de Camilo, em que se citam Óscar Lopes, António José Saraiva e José Augusto França.